A música não teve um papel principal na minha vida enquanto jovem adolescente, mas após os 15 anos passou a ser algo uma pedra basilar na minha vida. Não sei tocar nenhum instrumento, não sei fazer um acorde de guitarra nem tocar 5 notas coerentes num piano, apesar de ter aprendido umas coisas de flauta no 5º e 6º ano não sei neste momento soprar uma nota e já me esqueci de como se lê uma partitura. Mas ouvir música foi um prazer importante para quem sentia muitas vezes desprovido de desligado de algo que realmente importasse numa altura da vida que parece um programa de centrifugação de uma máquina de lavar roupa.
Com a vinda para um centro cultural infinitamente superior ao que me acolheu até aos 18 anos as coisas melhoraram e passei a poder ver quem só podia ouvir. Um prazer ainda melhor.
Tantos anos depois tenho um painel cheio de bilhetes pendurados, não estão lá todos porque alguns perderam-se, mas isso não é o mais importante, o bom foi ,e é, poder assistir a momentos de música em que rodeados de amigos e estranhos podemos viajar para momento e sentimentos particulares e não nos sentirmos comprometidos por isso.
Apesar da crise de finanças ainda me tenho divertido nuns concertos. Obrigado às ofertas aula magna com Apocaliptica e Steve Hackett a irem directamente para a prateleiras das grandes surpresas. Obrigado aos arraiais do IST que ainda servem para rever Blind Zero e passar a conhecer Diabo na Cruz. Obrigado às pré-reservas de cd's com bilhetes para concerto incluído que dão a conhecer o novo trabalho dos Linda Martini. Obrigado às inúmeras prendas transformadas em bilhetes ao longo de anos, aos convites ganhos e entradas grátis.
Mas mais estarão para vir. Venham eles.
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