quarta-feira, setembro 26, 2012

Da polícia

Como já ficou demonstrado aquando das últimas manifestações em Portugal, a polícia pode fazer o papel do "bom", que é aquele que lhe compete, ou o papel do "mau", que não só lhe fica mal mas também envergonha a farda que vestem.
O pior é quando fazem o papel do vilão. Felizmente as imagens não são portuguesas, mas são daqui bem pertinho, apesar de parecerem de um qualquer país terceiro mundista e onde a lei é feita por quem quer, onde quer e sem passar cartucho a ninguém. Ou passando cartuchos, se lhes apetecer.

Após estas tristes imagens fico ainda mais contente pelo facto de as forças policiais portuguesas se irem juntar aos que vão protestar este Sábado à tarde, sendo que continuarão a fazer o seu trabalho. E que seja bem feito.
Por vezes não parece, mas todos somos portugueses, e a maioria dos que vestem a farda diariamente não têm a vida mais facilitada que o restante da população. Tirando os patenteados barrigudos que só sabem mandar, as forças policiais nacionais têm mais do que o direito, também o dever de demonstrar a sua insatisfação com um poder que os trata tão mal, e que não poucas vezes os utiliza como arma de arremesso em vez de como defensores da paz social.
É que é sempre mais fácil atiçar uma classe já de si desprotegida para fazer o infeliz trabalho que quem manda quer feito e ficar na sombra, do que dar a cara e sofrer os impropérios que merece. Mas não. E quem fica com a imagem manchada é quem está só a trabalhar... e o ocasional grunho que de autoridade tem pouco e só sabe falar de bastão em punho. Felizmente são cada vez menos.

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