Já que ia embalado tive outro pensamento de 20 valores:
"Está uma temperatura óptima..."
Como me apercebi que se continuasse assim ainda acabava filósofo voltei a por a cabeça em pausa. Logo a seguir vi uma cena caricata, um rapaz e uma rapariga a correr, ele parou claramente cansado e ao vê-la abrandar também a ela que estava mais exausta que ele, tentou convence-la a não parar. Mas ela parou.
Ao passar por eles não pude deixar de associar aquela situação a muitas e muitas outras que se passam connosco todos os dias de várias formas. Ela parou porque ele não tinha naquele momento credibilidade para lhe dizer que continuasse, independentemente de ser para o bem dela ou não, ou seja, é difícil para todas as pessoas seguir os conselhos de alguém que não associamos ao assunto em causa. É como ter alguém a quem dizemos:
- Estou a pensar comprar um carro, mas não gosto de nenhum dos baratos…
E essa pessoa responder
- Epah, olha o novo Clio… uma bomba… mas agora tenho que ir porque fiquei de levar o meu Porsche novo à lavagem automática.
Enquanto ele se afasta vamos ficar a desejar que se espete contra a primeira árvore que lhe aparecer à frente, mesmo que o Clio seja realmente a melhor opção para nós. Numa situação destas, das duas uma. Ou não se opina, ou para se dar um conselho tem que se transmitir à outra pessoa que se percebeu o que ela disse ou pelo que ela está a passar, mesmo não estando nessa situação. E isto não é nada fácil.
Basta olhar para os políticos.
É uma mistura de querer receber o que não se dá e de “faz o que eu digo não faças o que faço…”
Eu acabei por seguir foi o exemplo dele e decidi vir correr para casa. Porque estava cansado.
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