terça-feira, setembro 11, 2007

Trovoada

Passei 20 minutos hipnotizado a olhar para o espectáculo que é uma trovoada no céu nocturno, até ser acordado pelo tocar do telemóvel. Apesar de tudo o que tenho para fazer, não dou por perdido um único segundo.

É algo que não me incomoda, a trovoada, tal como não me incomoda a janela aberta com pingos a entrar, os óculos salpicados de chuva, o vento que acelera. Este é um tempo de que eu gosto, ao contrário da maioria das pessoas é este chorar das nuvens que me faz sorrir numa manhã e não o raiar do sol.
Porquê? Não sei porquê. Não me faz lembrar algum momento da vida particularmente feliz. Talvez tenha nascido num dia de chuva.

Apreciar o iluminar natural do céu de uma janela aberta, como se de enormes disparos de flash se tratassem as descargas eléctricas associadas a este tempo é apaziguador, mas é um prazer que se aprecia de igual forma, na rua, com a chuva na cara, a caminhar calmamente, ou a correr com calma também, desde que o destino seja casa.

Sem comentários: