sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Avaliação




Após uma quantidade de anos na faculdade, que fazem de mim alguém com uma inteligência muito fraquinha, não posso deixar de achar que tenho conhecimento de causa para avaliar o sistema em que me integro.

Não vou entrar em politiquices, não vale a pena e é quase irrelevante no contexto do que quero dizer. Prefiro falar da forma em como a universidade não tem o papel que deveria ter para os alunos, e da pose elitista que assume para com o exterior.

Uma faculdade deveria ser a linha avançada do conhecimento de um país. Lugares onde alunos aprendem com os professores e que em conjunto desenvolvem para além do presente o conhecimento adquirido. Locais onde se trabalha em prol de um qualquer ramo de ciência como contributo para um saber global. Mas não. Na maioria dos casos, as universidades são fechadas e o conhecimento transmitido de forma robótica por robots.

Ora, falando em docentes.
Salvo honrosas excepções, a regra é os professores serem os donos de um conhecimento que não conseguem transmitir de forma correcta, simples e cativante. Julgam-se muitas vezes superiores e 97% dos alunos, ou seja, alunos com menos de 17 valores na sua cadeira, como pessoas de fraca inteligência que deviam estar a lavar pratos num restaurante na terra de onde saíram.
Volto a afirmar. Há excepções, há. Mas o geral é como acima descrevo. Professores agarrados a regras e manias desactualizadas. Pedagogia? Isso come-se?

Uma universidade hoje em dia é um estabelecimento de ensino rígido, pouco fluente no que toca à interacção, onde se ensinam rebanhos de alunos a mecanizar em vez de pensar. Um certo leitor deste blog disse-me uma vez “na universidade, o que eu aprendi foi a desenrascar-me”, que não sendo um ensinamento a desprezar, de forma nenhuma, também não devia ser um objectivo, nem sequer um meio para atingir um fim. O fim do curso.

But then again. Talvez seja a minha fraca inteligência que não me deixa ver para além de que me parece óbvio.


1 comentário:

Rod2m04 disse...

Já ouvi dizer por muitos que os Portugueses são os melhores a se desenrascar!!!

(Se calhar devíamos era mudar o nome dos cursos... Engenharia do Desenrascanço Civil!... Por Exemplo!)