sexta-feira, março 07, 2008

Já nos estamos a esticar, não?




Realmente não há pachorra. Começa-se por fechar meia dúzia de estabelecimentos sem condições para laborar, a população aplaude e depois veio o descalabro.

A ASAE, que deveria para assegurar que no dia a dia somos serviços de forma adequada por variados serviços transformou-se na PIDE dos nossos dias. Passou a ser picuinhas e a fechar, não o que nos prejudica mas tudo o que não segue uma data de regras, que diga-se de passagem são parvas nalguns pontos.
Proibir as matanças do porco em zonas onde é uma tradição antiga, faz com que as amêndoas de Portalegre deixem de ser produzidas porque não conseguem cumprir tudo o que é imposto. Mas está tudo parvo? Agradeço que fechem um chinês que me vende carne podre, mas fecharem a ginginha do Rossio onde bebia ginja nas condições que estavam à vista de todos de livre vontade já não me parece bem.
Agora isto? Agora até para se fazer caridade e oferecer comida a quem mais dela precisa (responsabilidade que devia ser do estado) é preciso agradar à ASAE?
Mas alguém bateu com a cabeça numa quina e não recuperou?

Qualquer dia querem-me entrar em casa e dizer-me como é que devo cozinhar. “Olhe que esses ovos mexidos não estão conformes com as normas, vai ter de os deitar fora e fazer outros. Para já não falar no facto de estar sem touca e sem luvas de borracha.”, ”Lá por estar em sua casa não pense que isto é uma rebaldaria pegada. Vamos lá ver se não temos de fechar o estáminé”



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