sexta-feira, novembro 05, 2010

Da mentira

Mentir é feio. Não de deve mentir. Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo...

Tudo isto é verdade, mas a mentira prevalece e está constantemente presente nos nossos dias. A maioria das vezes a mentira é benigna, e algo natural e que serve um propósito como responder que está tudo bem a um colega que pergunta como é que vamos, mesmo que no fundo estejamos na merda.
Há casos em que a mentira é mais grave na medida em que é cometida deliberadamente e enganar alguém, porque pura e simplesmente queremos esconder algo que nos envergonha ou nos pode magoar.

Mas a mentira serve um objectivo, tem uma razão de existir. Não consigo conceber que assim não seja. Tenho um tendência para o pragmatismo, muitas vezes talvez exagerado, e isso leva-me a aceitar que estou rodeado de muitas mentiras das benignas, algumas das mais graves, é assim com toda a gente não é bom nem é mau, é pura e simplesmente assim. Mas o que me dá voltas à cabeça, muito mais do que uma mentira descarada à cara como já tive, são as mentiras em que não vejo um propósito.
Quem mente ao patrão para faltar ao trabalho tem um objectivo claro, é fácil perceber porque mente ao cônjuge alguém que tem um amante. Não digo que estas mentiras sejam aceitáveis ou menos graves, são até piores na maioria das vezes, mas consigo-as perceber, ao contrário da mentira que se diz e que não serve um objectivo. A mentira pela mentira é dos conceitos mais aberrantes que existe na medida em que se corre o risco de se passar a ser um mentiroso aos olhos de alguém sem se retirar qualquer dividendo caso a mentira não seja descoberta.

Isto tira-me o sono.

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