Normalmente quando se têm expectativas altas para alguma coisa é meio caminho andado para nos desiludirmos, felizmente não foi isso que aconteceu.
Confesso que com algumas críticas mornas aquando da estreia nos EUA, e o pouco hype que o filme criou me deixaram receoso de que realmente a película não encerra-se a magia que eu esperava, mas encerra. É um filme que eu em adolescente, nos anos 90 e até nos 80 teria adorado, uma aventura de meia dúzia de crianças em que as suas relações acabam por ser o principal. E pode-se pensar que um filme que há duas décadas atrás seria espectacular neste momento corre o risco de ser uma bosta, mas a verdade é que um bom filme é sempre um bom filme, pode mudar a componente técnica toda, mas o coração é o mesmo, sendo que a nível técnico este filme é mais do que actual... os efeitos visuais são perfeitos.
Super 8 não é um ET renovado, não são uns Goonies actualizados. Super 8 é um filme que espelha relações pessoais e familiares de uma forma simples mas certeira, que nos faz fantasiar de forma quase subconsciente e que desperta a criança que temos cá dentro, de olhos a brilhar, quando vemos reflectidos naquelas personagens os nossos sonhos naquela idade.
Quando sai da sala de cinema vinha com um sorriso no rosto, e com a cabeça ainda a lembrar os tempos em que cinema não era tão sobre-analisado, e podíamos ter ET's na armário, descobrir navios piratas em grutas e voar em cima de dragões brancos sem que isso fosse parvo e não fizesse sentido.
Gostei muito, mas muito mesmo.
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