Um senhor apresenta-se de fato e gravata num talho. Fala com o dono, diz-lhe que o seu negócio podia melhorar muito, basta comprar uma mega arca frigorífica que magicamente torna a carne melhor.
Mas o talhante não tem dinheiro. Não há problema, o senhor do fato empresta. O negócio corre bem, a clientela aumenta o talho cresce, o senhor do fato propõe mais câmaras frigoríficas, um matadouro logo ali ao lado e uma cadeia de distribuição para outros pontos da cidade, ele empresta o dinheiro. Mas chega o dia em que toda a gente da cidade já ali compra a carne, e o negócio cresceu mais do que devia sem que o talhante perceba. O senhor do fato diz que é por faltarem cadeiras no talho para as pessoas esperarem. Mas não é, e o talhante não consegue aumentar o negócio, apesar de ter comprado as cadeiras com dinheiro emprestado pelo senhor do fato.
Nisto o senhor do fato aparece para cobrar as dívidas, mas o talhante que se endividou mesmo antes de perceber que não podia crescer mais não consegue pagar tudo naquele momento. Não há problema, o senhor do fato empresta-lhe novamente dinheiro, mas desta vez o dinheiro serve para lhe pagar a ele próprio a prestação devida, sendo que os juros sobre este empréstimo serão obviamente maiores. No mês seguinte faz o mesmo, e no outro a seguir repete-se a situação.
Estão a reconhecer este filme? Não? E se chamar-mos ao talhante Pobretanidis?
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