sexta-feira, agosto 23, 2013

A revolta é tanta que até é difícil escrever

Ultimamente os incêndios florestais têm feitos muitas vítimas, na sua maioria bombeiros que os combatem. É uma luta desigual mas mesmo assim eles fazem-no quase sempre com uma coragem brutal.
Custa-me por isso ouvir mesmo agora na RTP perguntar-se se os bombeiros não estarão a correr muitos riscos, José Rodrigues dos Santos, e que tal ires para o caralhinho? Se calhar mais valia do que fazer esse tipo de perguntas de merda. Porque é que não levas aí alguém de direito para perguntar porque é que não se sabe o que é que acontece aos suspeitos de fogo posto que são apanhados? Porque é que esses assassinos por tabela não são exemplarmente punidos?
Porque é que este tipo de gajos que confessou ser autor de não um mas oito incêndios não anda preso dentro dos carros de bombeiros para que lhe aconteça o mesmo que a eles? Parece-me justo.

Eu já passei por uma situação num incêndio florestal da qual prefiro não me recordar muito. Tive a sorte que não tiveram alguns nos últimos dias, e o carro não ficou cercado por um golpe de vento maldoso. Sei perfeitamente o que é aflição e ver arder a minha zona, a minha cidade, as traseiras de casa, ou até tudo à volta do carro onde seguia e agora que me preparo para ir em direcção a casa, vejo pela tv o inferno que por lá vai e penso que a puta da culpa vai morrer sozinha como quase sempre. Morrem pessoas, ardem pulmões florestais, aparecem incêndios às 5 da manhã mas as penas são de 1 a 8 anos e para muitos dos suspeitos bastam apresentações semanais às autoridades.

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