quarta-feira, março 10, 2010

O bom e o mau


Os dias passam uns atrás dos outros e nós vamo-nos preocupando com o dia-a-dia, o que ouvimos hoje e com o que acabamos de ver, com que precisamos para amanhã e o que vamos fazer mais logo. Mas isto apenas acontece até que algo mais grave e pesado nos entra pela porta.
A morte é algo tão natural e banal, que apesar de estarmos rodeados por ela constantemente quase não lhe damos importência. Morre constantemente alguém, que tem amigos, familiares, colegas, mas que nós não conhecemos e como tal, não ligamos nenhuma. Mas é quando um é um amigo, colega ou familiar nosso que tudo muda. As coisas perdem a sua importância e lembramo-nos que os dias são únicos enão se voltam a viver, que os problemas diários são ridículos e muitas vezes mesquinho, que as discussões e chatices com alguém foram frívolas e na verdade despropositadas. tudo perde a sua razão de ser.
A semana, apesar de nada de mau me ter batido à porta, bateu próximo, e fez-me pensar que é algures no meio das duas anteriores visões do mundo que reside aquilo que realmente deveria ser o mais importante para cada um de nós. Porque o dia-a-dia tem que ser vivido, e com responsabilidades para a sociedade e os que nos rodeiam, mas isso não pode comandar toda a nossa vida, caso contrário vivemos chateados por coisas que na verdade não são assim tão importantes como pensamos serem no momento.

É um limbo dificil de gerir, mas quem o consegue fazer, é com toda a certeza muito mais feliz no dia-a-dia e menos triste quando algo terrivel acontece.

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