domingo, maio 01, 2011

Os passos do Coelho

Passos Coelho diz que o PSD, caso seja eleito governo claro está, não cortará salários nem despedirá ninguém.
Quando os políticos fazem este tipo de promessas tão definitivas já se sabe o que é que vem por aí... por isso esta declaração podia ser apenas mais uma. Mas Passos Coelho desta vez elevou a fasquia dizendo que tinham feito as contas a tudo e mais alguma coisa, e o que não sabiam de forma precisa tinham estimado de forma muito certinha. Ora esta afirmação invalida o normal argumento usado para justificar o facto de se fazer o contrário do que se prometeu, o famoso "afinal isto está pior do que aquilo que nós pensávamos".
Sim, eu sei que porque um argumento é invalidado por uma declaração anterior efectuada um político não se coíbe de o utilizar, mas vamos partir do princípio que a lógica comum tem efeitos nesta situação. Qual será então a desculpa quando ele puser gente no olho da rua e cortar nos salários? Não vejo muitas hipóteses, mas inclino-me mais para uma coisa do género "não fomos nós, foi o FMI" ou então deixar o FMI fazer os despedimentos e cortes mesmo antes de assumir o poder e assim já não tem que despedir mais ninguém, cumprindo a sua promessa... talvez seja este o plano. Confesso que se for assim será bom, pelo menos não nos mentiu de forma literal, o que já é um progresso.

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